Embora seja provável que a maioria das pessoas entendam que a obesidade é uma condição que fragiliza a saúde humana, é inversa a proporção de pessoas que cuidam da saúde, praticando atividades físicas regulares e evitando hábitos alimentares que contribuem para o ganho de peso.
O sobrepeso e a obesidade trazem vários males para a saúde. Vamos ver alguns desses problemas.
IMC – Índice de Massa Corporal
O Índice de Massa Corporal, ou simplesmente IMC, é a medida utilizada em todo o mundo, sob validação da Organização Mundial da Saúde, para classificar a condição de obesidade de uma pessoa.
Para calcular o IMC, divide-se o peso pela altura elevada ao quadrado. Assim:
Vamos considerar uma pessoa de 1,70 m de altura e pesando 90 kg:
A altura multiplicada por ela mesma: 1,70 x 1,70 = 2,89
O peso é dividido pelo resultado: 90 / 2,89 = 31,14
IMC = 31. Ou seja, o sujeito do exemplo está obeso.
A classificação de obesidade se rege pela seguinte tabela:
IMC | Resultado |
Entre 18,5 e 24,9 |
Peso normal |
Entre 25 e 29,9 | Sobrepeso |
Entre 30 e 34,9 | Obesidade grau 1 |
Entre 35 e 39,9 | Obesidade grau 2 |
Mais do que 40 | Obesidade grau 3 |
Sobrepeso
Diz-se que uma pessoa está com sobrepeso quando seu peso é maior que o peso que seria considerado adequado para sua estatura. Para uma classificação mais precisa, é importante considerar o gênero e a idade do paciente em avaliação.
Quase sempre a condição de sobrepeso resulta de sedentarismo e hábitos alimentares desbalanceados. O problema do sobrepeso preocupa na medida em que a pessoa, nessa condição, tem maior risco de desenvolver doenças, como diabetes, dislipidemia, que é o estado em que o colesterol (bom) HDL é baixo e triglicérides altos, prejuízo para a coluna, hipertensão, podendo, inclusive, fragilizar o coração.
Não dá para ser generalista ao determinar o tratamento para o sobrepeso, é necessário investigar a sua causa para que as medidas tomadas sejam eficazes em relação ao agente causador e não somente ao seu resultado “sobrepeso”.
Por outro lado, hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividades físicas sempre são recomendados para fazer frente ao excesso de peso.
A obesidade
Além do cálculo do IMC para diagnosticar a obesidade, é necessário realizar medições antropométricas, como peso, altura e a espessura da dobra cutânea, para encontrar o percentual de gordura. Se o índice de massa corporal for maior que 30 kg/m² e o percentual de gordura for maior do que 25%, o paciente se classifica como obeso de nível um.
Como dito anteriormente, a obesidade pode provocar o desenvolvimento de doenças que expõem a saúde do paciente a vários riscos. Entre os riscos mais comuns estão as doenças cardiovasculares:
– Hipertensão arterial: a hipertensão arterial é muito comum a pacientes com excesso de peso, provocando aumento do volume sanguíneo e sistólico, e o débito cardíaco.
– Insuficiência cardíaca: outro risco altíssimo é a insuficiência cardíaca, caracterizada por um cansaço constante, visto que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo nesse novo estado.
– Infarto agudo do miocárdio: mais comumente chamado de parada cardíaca. O infarto é normalmente associado com o excesso de peso, um efeito provocado quando o fluxo de sangue é bloqueado, não chegando ao miocárdio, podendo danificá-lo e até levá-lo à falência.
– Arteriosclerose: é o acúmulo gradativo de placas de gordura nas artérias, resultando em seu estreitamento ou entupimento. A arteriosclerose se desdobra em vários tipos, podendo prejudicar a circulação sanguínea em órgãos inferiores, provocar insuficiência renal e impedir que o oxigênio chegue ao coração e ao cérebro.
Uma pessoa em condição de sobrepeso ou obesidade inspira cuidados, por isso, é importante procurar fazer acompanhamento médico com especialistas em cardiologia e nutrição. Para saber mais sobre obesidade e cardiopatias, você pode explorar o blog do Hospital Santa Cruz, uma página dinâmica e repleta de artigos sobre saúde, ideal para você sanar qualquer dúvida.