A cólica renal é uma dor em geral forte que se dá na região abdominal, normalmente nos flancos, com possível irradiação para região da virilha. Ela resulta de uma obstrução parcial ou total do ureter, um tubo muscular longo que liga cada rim à bexiga. Esta obstrução é causada em geral por cálculos (pedras) que se formaram nos rins. Também pode ser decorrente de coágulos, porém é raro.
Na maior parte dos casos, a cólica renal vem acompanhada de náuseas e/ou vômitos e, algumas vezes, de sensação de bexiga cheia ou ardor para urinar. Por vezes, é difícil diferenciar de outras manifestações clínicas derivadas de outros órgãos abdominais, como intestino, útero e vesícula biliar. Por causa disso, é importante consultar um urologista quando os sintomas aparecerem.
Tratamento e grupos mais afetados
A cólica renal atinge com mais frequência os homens, principalmente os que apresentam história familiar prévia. Além disso, está associada a erros alimentares, como hidratação inadequada, consumo excessivo de sal e proteínas de origem animal, em especial carnes vermelhas, e obesidade.
O tratamento inicial é o controle da dor, com anti-inflamatórios e analgésicos variados. Em seguida, deve ser feita uma investigação para confirmação do diagnóstico e identificação do tamanho e posição do cálculo. Pedras menores que 5 mm costumam ser eliminadas espontaneamente. No entanto, as maiores que 5 mm podem apresentar maior dificuldade de chegarem até a bexiga, mesmo apesar da melhora da cólica. Há então a necessidade de intervenção. Em muitos casos, há a indicação de remoção dos cálculos por meio de cirurgia endoscópica, que é um procedimento minimamente invasivo que permite o retorno do paciente a sua rotina mais rapidamente.
Pacientes grávidas, com rim único, indícios de infecção como febre e queda do estado geral têm muitas vezes necessidade de internação de urgência. O mesmo acontece em casos com dor de difícil controle.
Fonte: Dr. Antonio Monteiro da Fonseca Neto, Urologista do Hospital Santa Cruz