Condição pode ocorrer em qualquer idade; cardiologista do Hospital Japonês Santa Cruz alerta para a importância de realizar medições de forma regular.
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a incidência de pressão alta no público com idade entre 18 e 24 anos e nos idosos com mais de 65 anos está em alta. Em 2021, 3,8% da população entre 18 e 24 anos tinha pressão alta, número que aumentou para 5,6% em 2023. Já no público acima de 65 anos, 61% dos que responderam ao questionário tinham hipertensão arterial em 2021. O número cresceu para 65,1% em 2023.
O levantamento foi feito nas capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal, pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), que compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde.
A hipertensão arterial é popularmente conhecida como pressão alta. “É uma condição em que a pressão do sangue nas artérias está consistentemente elevada. Isso significa que o coração está trabalhando mais do que o normal para bombear o sangue através dos vasos sanguíneos, sendo um importante fator de risco para uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), doença renal e outros problemas de saúde”, explica o cardiologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dr. Abílio Augusto Fragata Filho.
E o mês de abril traz uma importante campanha de saúde, no dia 26, marcado como Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença.
“Tanto em jovens quanto em idosos, a hipertensão arterial pode ser resultado de uma combinação de fatores, incluindo estilo de vida, predisposição genética, obesidade e condições médicas subjacentes. Nos jovens, hábitos alimentares inadequados, falta de atividade física, tabagismo e estresse crônico podem desempenhar um papel significativo, enquanto em idosos, o envelhecimento natural do corpo, juntamente com condições médicas como diabetes e doenças renais, tendem a ser mais prevalentes. Além disso, a genética desempenha um papel importante em ambos os grupos etários”, afirma o Dr. Abílio Augusto Fragata Filho.
Causas, sintomas e tratamento
Entre outros fatores que podem influenciar no desenvolvimento da hipertensão arterial, a apneia do sono, um distúrbio comum, pode contribuir devido às alterações na respiração enquanto a pessoa dorme. O consumo excessivo de cafeína, presente em várias bebidas e medicamentos, pode temporariamente elevar a pressão arterial em certos indivíduos. Além disso, certos medicamentos, como descongestionantes nasais e pílulas anticoncepcionais, podem ter efeitos colaterais hipertensivos.
Condições médicas subjacentes, incluindo doenças renais, distúrbios da tireoide e diabetes, também estão associadas a um risco aumentado de hipertensão. O consumo excessivo de álcool é outro fator a considerar, já que pode aumentar temporariamente a pressão arterial e contribuir para a hipertensão a longo prazo. Por fim, a síndrome metabólica, uma condição que engloba diversos fatores de risco cardiovasculares, como obesidade abdominal, resistência à insulina e dislipidemia, pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento da hipertensão arterial.
“Geralmente, a hipertensão arterial não apresenta sintomas evidentes, podendo aparecer somente em casos em que há comprometimento dos órgãos (coração, rins, cérebro, etc.). Em situações em que a pressão sobe muito, podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. Por isso é importante fazer uso regular das medições para o controle da pressão arterial”, fala o médico. “O tratamento deve envolver mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios físicos, controle do estresse e do peso, além do uso de medicamentos prescritos por um profissional de saúde”, conclui o cardiologista.
Sobre o Hospital Japonês Santa Cruz
Inaugurado em 29 de abril de 1939, em São Paulo, com a missão de auxiliar os imigrantes japoneses e oferecer um atendimento médico-hospitalar de excelência no Brasil, o Hospital Japonês Santa Cruz (HJSC) se dedica a proporcionar uma vida melhor e mais saudável a toda população. Com destaque nos serviços em oftalmologia, neurologia, ortopedia, cardiologia, entre outras especialidades, a instituição possui mais de 170 leitos distribuídos entre apartamentos, enfermarias e UTI, complementada com uma unidade específica para o transplante de medula óssea. Anualmente, a entidade realiza mais de 1 milhão de atendimentos, em mais de 40 especialidades médicas e tem em sua estrutura três pronto-atendimentos (geral, ortopédico e oftalmológico) e dois centros cirúrgicos (geral e oftalmológico), capacitados para atendimentos de alta complexidade. O Hospital Japonês Santa Cruz tem certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA II), que atesta a segurança e qualidade dos processos assistenciais e médicos.