As 40 vítimas da radiação das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, moradoras em São Paulo e participantes da Associação Hibakusha Brasil pela Paz, foram atendidas no Hospital Santa Cruz, no dia 20 de outubro, por uma equipe de médicos do Japão, que vieram especialmente para avaliar os resultados dos exames de laboratório, raio X, ultrassom de abdômen e exames ginecológicos para as mulheres, realizados a cada dois anos.
Ikuo Kawanaka (Hiroshimaken Hibakusha Taisaku-ka), Kazuhiro Aoki (Chefe do Hiroshimaken Hibakusha Taisaku-ka), Kazuyuki Mikawa (Chefe do Hiroshimaken Hibakusha Taisaku-ka), Shuzo Toyota – Clínico Geral (Presidente do Hospital Toyota), Shunichi Kaseda – Clínico Geral (Vice Presidente do Hospital Cruz Vermelha), Jyn Noma – Ginecologista (Chefe de Ginecologia do Hospital da Prefeitura de Hiroshima) e Yasuo Ueda – Clínico Geral (Vice Presidente do Hospital Cruz Vermelha), analisaram os resultados e consultaram as 40 vítimas, com o suporte das médicas do Hospital Santa Cruz, Lidia Mine Miyoshi (Clínica Geral) e Alice Miyamura (Ginecologista).
Katsuaki Miyamoto (85 anos) que estava na cidade de Hiroshima no dia do bombardeio prestando serviços ao exército, foi atendido em um quarto no Hospital Santa Cruz, onde está internado para se tratar de uma pneumonia.
A equipe médica foi recebida pelo Presidente do Hospital Santa Cruz, Renato Ishikawa, e pelos Diretores Doutores Leonel Fernandes e Julio Yamano. A Sra. Yuli Fujimura, Relações Públicas do Hospital e responsável pelo serviço de Check-Up, acompanhou os médicos japoneses numa visita às instalações e à vitrine expositiva.
O presidente da Associação Hibakusha do Brasil pela Paz, Takashi Morita, ofereceu o almoço aos visitantes e diretoria, estava acompanhado de Kunihiko Bonkohara e Junko Watanabe.
Takashi Morita tinha 21 anos quando a bomba caiu sobre a cidade de Hiroshima, onde era Policial Militar. Ele chegou ao Brasil em 1956 e fundou a Associação em 1984. Watanabe Junco tinha dois anos na época da Guerra e veio ao Brasil em 1967, para se casar.